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Resgatando a identidade

Atualizado: 17 de out. de 2018


Mais uma vez Satanás nos roubou. Agora foi a nossa própria identidade, pois se somos identificados na rua como “Cristãos”, podem estar nos confundindo com os Católicos, Espíritas ou diversas outras religiões e doutrinas que se identificam assim.


Se nos chamam de crentes ou evangélicos, nos sentimos desconfortáveis, pois logo vem à mente aqueles programas de rádio ou TV, que gritando ou falando mansinho, proclamam um “evangelho” , em que o Senhor Jesus, é um mero fazedor de milagres, um Nome a ser invocado para curar ou resolver todos os problemas financeiros, mediante o pontual pagamento de um carnê.


E essa modalidade criminal não é nova, mal a Igreja dava seus primeiros passos, o Apóstolo Paulo já se defrontava com esse problema:

  • “Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo; ou, Eu de Apolo; ou Eu sou de Cefas; ou, Eu de Cristo”. 1 Coríntios 1:12

Já passou da hora de pensarmos numa definição de quem somos, evitando assim sermos jogados todos dentro do mesmo balaio.


Um amigo contou-me uma experiência muito interessante. Ele foi para uma consulta médica e, conversa vai conversa vem, ele se declarou evangélico. O médico, que não era um crente, ficou espantado já que o conhecia de outras consultas e viu que ele não tinha o perfil de um evangélico segundo sua concepção. O doutor foi mais adiante e quis saber qual era sua igreja. O meu amigo respondeu que pertencia a uma igreja Batista. De pronto o médico disse: “Não, o senhor é protestante! O termo evangélico não cabe para o Senhor”.


Para aquele médico há uma enorme diferença entre protestante e evangélico. Para ele o termo evangélico define um grupo novo com práticas questionáveis que não tem nada a ver com aqueles oriundos da reforma. Sei que há controvérsia se somos ou não protestantes. Tirando as controvérsias de lado, acho melhor sermos identificados como protestante.


São muitas as razões que podem nos levar a assumir a identidade de protestante. Historicamente foi um grito corajoso que marcou o posicionamento bíblico daqueles que disseram não às heresias e a uma igreja política e sem identidade com a Verdade revelada. Foi um grito para que os santos, isto é os salvos, desenvolvessem seu sacerdócio sem a interferência de um mediador terreno. “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. 1 Pedro 2.9.


A razão maior está na forma de apresentar Jesus. Ele é apresentado tão somente como aquele que cura o físico e faz as pessoas ficarem ricas, e não é apresentado como o salvador do homem perdido, pois ele veio buscar e salvar o que estava perdido (Lucas 19.10). Eu não quero ser confundido com aqueles que tiram a glória do Filho, com Salvador do homem perdido. Eu não quero ser confundido com aqueles que usam o nome de Cristo para se enriquecerem. Eu não quero ser confundido com aqueles que vendem bênçãos e fazem da graça de Deus um produto altamente rentável.


Particularmente, gostaria de ser identificado com aqueles que pregam e vivem só a escritura, só a fé, só a graça. Gostaria de ser identificado com aqueles que falam o que Deus falou, pois o que Ele tinha para nos falar está revelado em sua Palavra. Seria melhor ainda se fôssemos identificados como cristãos, mas infelizmente o termo não identifica os verdadeiros seguidores de Cristo.


“Rogo-vos, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que sejais concordes no falar, e que não haja dissensões entre vós; antes sejais unidos no mesmo pensamento e no mesmo parecer”. 1 Coríntios 1:10


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