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Aprendendo Com o Traidor

Atualizado: 17 de out. de 2018

“Quando a criada o viu, começou de novo a dizer aos que ali estavam: Esse é um deles.” (Marcos 14.69).


Vamos assumir o papel de um advogado de defesa do apóstolo Pedro. Ele foi, talvez, o mais criticado de todos por ser precipitado. Tentou andar sobre as águas, afundou e o mais grave, negou a Jesus. Por que assumir a defesa de Pedro? Porque, apesar de ser precipitado em algumas ações, seu desejo era de acertar, mesmo sofrendo a possibilidade de errar.


Pedro foi precipitado ao cortar a orelha daquele soldado? Pode ter sido, mas estava ao lado de Jesus e mostrou muita coragem naquele momento. Não andou muito sobre as águas, pois logo afundou. Todos o criticaram, mas ninguém falou da sua coragem quando começou a caminhar sobre as águas. Aos seus críticos ele diria: “Eu andei sobre as águas, e vocês?” Ele também diria ao comentarem sobre o fato de ter negado a Jesus: “Eu neguei, tive um momento de fraqueza, mas eu estava lá, não o abandonei. E vocês, aonde estavam?”


Nosso orgulho faz com que todos pensem que somos “o tal”. Justificamos a nossa mediocridade colocando uma capa de falsa santidade: “Prefiro não ir à igreja do que ir e não estar com meu coração correto diante de Deus. Não sou como muitos, que vão e não estão bem com o Senhor, só vou quando estou bem”.


A diferença entre Pedro e muitos de nós é que ele colocou a “cara para bater”. Com todas as falhas inerentes a um pecador, ainda debaixo da influência da carne pecaminosa, ele partiu para a luta e não desistiu. Deus nos quer como Pedro! Mesmo sendo traidor, precipitado, fracassado, mas que esteja presente.


Pedro tinha plena consciência de que jamais alcançaria a perfeição aqui na terra. Ele não foi iludido, mas plenamente consciente de que estamos aqui por um pouco tempo. Somente um traidor consciente de sua limitação poderia escrever essas palavras: “Nisso exultais, ainda que agora sejais necessariamente afligidos por várias provações por um pouco de tempo, para que a comprovação da vossa fé, mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo”. (1 Pedro 1.6,7).


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