por Otoniel Henrique de Melo |
Surgiu uma conversa em um grupo de pastores batistas no Whatsapp sobre os tipos de sermão: Sermão Textual, Tópico, Temático ou Expositivo. A pergunta foi: Qual tipo de sermão você mais usa no preparo das suas pregações? Minha resposta: Tenho lançado mão do Sermão Expositivo, não por modismo ou por simples influência, mas porque o sermão expositivo exige mais de mim no preparo do Sermão.
Contexto literário, histórico, procurando responder aquelas perguntas homiléticas: A quem? Quem? Quando? Para quem? Qual a mensagem para aqueles dias? Qual a mensagem para hoje? Responder a essas perguntas faz com que o pregador se debruce sobre os livros (reais ou virtuais) para buscar as respostas e é claro, comparar os textos bíblicos relacionados para realmente expor a mensagem, evitando as armadilhas de uma interpretação equivocada do que Deus quer falar à Igreja nesses dias.
Isso diz respeito à aplicação contextualizada da mensagem, o que é o clímax da mensagem pregada. Tenho tido essa experiência gratificante na preparação da mensagem. Claro está que ainda estou “engatinhando” nesse processo. Às vezes aproveito as lições da EBD e faço uma revisão para a mensagem dominical, como foi o caso do estudo da Primeira Carta de Pedro ou a Carta de Tiago, ou o Livro de Atos. Aproveito para apresentar mais informações sobre o livro e as razões pelas quais o escritor, inspirado por Deus (II Pedro 1.20,21) o escreveu.
Tive a gratificante experiência de expor, ao menos superficialmente, a Primeira Carta do Apostolo João, a Carta aos Efésios, o Evangelho de Mateus e Filipenses em nosso ministério pastoral na PIB em Machadinho D’Oeste-RO e também na PIB Vilhena-RO.
Tive o privilégio de começar e terminar o Curso de Especialização em Exposição Bíblica, promovido pelo Ministério Pregue a Palavra com uma carga horária de 200 horas que teve inicio na cidade de Jarú-RO, com aproximadamente 20 pastores.
Minha gratidão a Deus pelos esclarecimentos tão valiosos sobre Pregação Expositiva e como devemos usar essa ferramenta homilética para educar a igreja que Deus põe aos nossos cuidados (Efésios 4.11-16; Hebreus 13.7; Hebreus 13.17).
Oxalá os crentes recebam com temor a Palavra Pregada por Homens de Deus, verdadeiramente chamados para pastorear (Efésios 6.19,20; II Pedro 1.19)! Vivemos tempos de grande esfriamento espiritual; os modismos evangélicos têm tomado o lugar da Pregação Bíblica. Cada vez mais pastores –ou os que pensam que são, mas não o são... – são tentados a abandonar a trilha penosa (mas gratificante) do preparo do sermão, a pesquisa exaustiva; são tentados a abandonar a oração pedindo poder, colocando-se como instrumento de Deus para Pregar um Evangelho não falsificado, aprofundado que realmente cause incômodos necessários ao Corpo de Cristo, que precisa urgentemente se levantar para cumprir a Missão nesta geração.
Muitos têm escolhido ficar na superficialidade ou se entregarem a tarefas que não lhe dizem respeito no ministério pastoral; preferem o pragmatismo e o relativismo para resolver problemas complexos ligados à sua congregação. “Para que perder tempo? Para que se preocupar? Não vale a pena!”, dizem. Os próprios ouvintes não estão dispostos a pregações mais consistentes e preferem algo mais rápido, menos elaborado, superficial. É urgente a necessidade de orar por um Despertamento Espiritual em nosso estado e por pastores que estejam dispostos a expor a Escritura, assim, o Despertamento pode chegar mais rápido.
Não pode haver mensagem mais atual do que esta registrada em II Timóteo 4.1-5!!
Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus, seja honra e glória para todo o sempre. Amém! I Timóteo 1.17.
Otoniel Henrique de Melo
Otoniel concluiu o curso do Pregue a Palavra em 2016.
Tem atuado como missionário e no ministério pastoral desde 2000.
Atualmente é pastor da PIB Vilhena-RO.
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