A FAMÍLIA: de acordo com a Declaração de fé de 2000, da Convenção Batista do Sul dos EUA.
Atualizado: 1 de abr. de 2021
Segue o XVIII artigo da Declaração de fé de 2000, da Convenção Batista do Sul dos EUA, bem como o comentário explicativo do mesmo efetuado por William Cutrer. Nesta Declaração, a Convenção Batista do Sul esclarece seu entendimento bíblico a respeito da família.

BAPTIST FAITH & MESSAGE ARTIGO XVIII
por William Cutrer
Deus instituiu a família como a instituição fundamental da sociedade humana. Ela é composta de pessoas relacionadas umas às outras através do casamento, do sangue, ou da adoção.
O casamento é a união de um homem e uma mulher num compromisso de pacto para a vida toda. É dádiva única de Deus revelar a união entre Cristo e Sua igreja e para conceder ao homem e à mulher, no casamento, a estrutura para o companheirismo íntimo, o canal de expressão sexual de acordo com o padrão bíblico, e os meios para a procriação da raça humana.
O marido e a mulher são de igual valor diante de Deus, já que ambos são criados à imagem de Deus. O relacionamento do casamento modela a maneira como Deus se relaciona com Seu povo. O marido deve amar sua esposa como Cristo amou a igreja. Ele tem a responsabilidade dada por Deus de prover, proteger e guiar sua família. A esposa deve se submeter graciosamente à liderança de seu marido assim como a igreja deliberadamente se submete à liderança de Cristo. Ela, sendo imagem de Deus assim como seu marido e, portanto, igual a ele, tem a responsabilidade dada por Deus de respeitar seu marido e servir como ajudadora administrando o lar e cuidando da próxima geração.
Os filhos, desde o momento da concepção, são bênção e herança do Senhor. Os pais devem demonstrar aos filhos o padrão de Deus para o casamento. Os pais devem ensinar aos seus filhos os valores espirituais e morais e levá-los, através de um exemplo de estilo de vida consistente e disciplina com amor, a fazer escolhas baseadas nas verdades bíblicas. As crianças devem honrar e obedecer a seus pais. [1]
A Bíblia está repleta de imagens da família, como evidenciado nos muitos versos citados pelo 18º artigo da Baptist Faith and Message [2] [3]. De fato, somos “irmãos e irmãs” em Cristo, adotados como filhos por nosso Pai celestial. A importância do relacionamento matrimonial se desdobra simbolicamente no Antigo Testamento com Deus como marido e Israel como esposa. No Novo Testamento com Jesus como noivo e a Igreja como a noiva radiante. Claramente, casamento e família são nitidamente teológicos.
Um lar saudável tem profundas dimensões espirituais e, assim, a Bíblia nos instrui a respeito da família. Como crentes devemos olhar primeiro para Jesus Cristo, nosso noivo, para engajar e entender o projeto divino para o casamento. A perspectiva de Deus coloca sempre maior ênfase no caráter e na motivação do que na conduta externa. Assim, como Jesus se demonstrou como gentil e humilde de coração, sempre agindo de modo agradável ao Pai, a família provê o altar da transformação onde aprendemos a amar e viver como Jesus.
Deus se revela como um ser relacional e somos criados à sua imagem para relacionamentos duradouros e íntimos – primeiro, com o próprio Deus e depois com os outros. Nosso amor e compreensão de Deus encontram expressão em nosso amor pelas pessoas, sendo nossos relacionamentos familiares os mais profundos e preciosos.
O ideal de Deus para o lar – um relacionamento íntimo que traz profunda satisfação da alma, tanto do marido quanto da esposa, exemplifica a graça e fé para os filhos e proclama a um mundo perdido e solitário o tipo de amor que Deus tem pelo seu povo. Essa intimidade se estende de um fundamento espiritual à uma esfera relacional e culmina na expressão física dentro dos limites do casamento.
Lares cristãos atraem pessoas à Cristo, tanto os filhos que Deus pode trazer para a família quanto os que estão fora da igreja, que testemunham um amor comprometido, sacrificial, abnegado e dependente a cada momento de Jesus como Senhor.