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Foto do escritorAndré Oliveira

A Declaração de Danvers sobre Masculinidade e Feminilidade Bíblica.

Atualizado: 1 de abr. de 2021


Em dezembro, 1987, o recém-formado Concílio sobre Masculinidade e Feminilidade Bíblica se reuniu em Danvers, Massachusetts, para produzir a Declaração de Danvers.


Oferecemos esta declaração ao mundo evangélico, sabendo que estimulará uma discussão saudável, e com a esperança de que ela receba grande aceitação.


Prólogo


A Declaração de Danvers resume a necessidade do Conselho sobre Masculinidade e Feminilidade Bíblica (CBMW) e serve como uma visão geral de nossas crenças centrais. Esta declaração foi preparada por vários líderes evangélicos em uma reunião do CBMW em Danvers, Massachusetts, em dezembro de 1987. Foi publicada pela primeira vez na forma final pelo CBMW em Wheaton, Illinois, em novembro de 1988. [Acesse aqui]


Justificativas


Fomos impulsionados em nosso propósito pelas seguintes tendências contemporâneas, as quais observamos com profunda preocupação:


1. A incerteza e confusão difundidas em nossa cultura com respeito às diferenças complementares entre a masculinidade e feminilidade;


2. Os efeitos trágicos desta confusão ao desfazer a tela do matrimônio tecida por Deus com os belos e diversos fios da masculinidade e da feminilidade;


3. A promoção crescente dada ao igualitarismo feminista, acompanhada de distorções ou abandono da harmonia feliz apresentada nas Escrituras entre a liderança amorosa e humilde de maridos redimidos e o apoio inteligente e voluntário a essa liderança por esposas redimidas;


4. A ambivalência difundida com respeito aos valores da maternidade, da vocação de cuidar da casa, e de muitos ministérios realizados historicamente pelas mulheres;


5. O aumento de demandas de legitimidade de relações sexuais que sempre foram consideradas bíblica e historicamente ilícitas ou perversas, e o aumento da representação pornográfica da sexualidade humana;


6. O aumento de abuso físico e emocional na família;


7. O surgimento de papéis para homens e mulheres na liderança da igreja que não concordam com o ensino bíblico, pelo contrário, resultam na debilidade do testemunho biblicamente fiel;


8. A crescente prevalência e aceitação de hermenêuticas estranhas planejadas para reinterpretar o significado já claro dos textos bíblicos;


9. A resultante ameaça a autoridade bíblica que tanto se compromete à clareza das Escrituras e a acessibilidade de seu significado para pessoas simples é levada ao âmbito restringido da ingenuidade técnica;


10. E por detrás de tudo isto, a aparente adaptação de alguns dentro da igreja ao espírito deste século a expensas de uma autenticidade bíblica atraente e radical, a qual mediante o poder do Espírito Santo pode reformar, em vez de refletir, nossa cultura decadente.


Propósitos


Afirmações


Baseados em nosso entendimento dos ensinos bíblicos, afirmamos o seguinte:


1. Tanto Adão como Eva foram criados à imagem de Deus, iguais perante Ele como pessoas e distintos em sua masculinidade e feminilidade. (Gen 1:26-27, 2:18)


2. A distinção entre os papéis masculinos e femininos é ordenada por Deus como parte da ordem criada e devem encontrar eco no coração de cada ser humano. (Gen 2:18, 21-24; 1 Cor 11:7-9; 1 Tim 2:12-14).


3. A liderança de Adão no matrimonio foi estabelecida por Deus antes da queda, e não resultou do pecado. (Gen 2:16-18, 21-24, 3:1-13; 1 Cor 11:7-9).


4. A queda introduziu distorções nas relações entre homens e mulheres. (Gen 3:1-7, 12, 16). Em lugar, da liderança amorosa e humilde, o marido tende a ser substituído pelo domínio ou pela passividade; a submissão inteligente e voluntária da esposa tende a ser substituída pela usurpação ou pela imitação servil. Na igreja, o pecado fez com que os homens se inclinem para o amor mundano pelo poder ou o abandono da responsabilidade espiritual, e as mulheres a resistir as limitações em seus papéis ou a descuidar do uso de seus dons nos ministérios apropriados.


5. O Velho Testamento, assim como o Novo Testamento, manifestam o valor e a dignidade, igualmente altos, que Deus atribuiu aos papéis dos homens e das mulheres. (Gen 1:26-27, 2:18; Gal 3:28). Tanto o Velho como o Novo Testamento, também afirmam o princípio da liderança masculina na família e na comunidade do pacto. (Gen 2:18; Efe 5:21-33; Col 3:18-19; 1 Tim 2:11-15).


6. A redenção em Cristo tem por propósito remover as distorções introduzidas pela maldição. Na família, os maridos devem abandonar a liderança cruel e egoísta e crescer em amor e cuidado por suas esposas; as esposas devem abandonar a resistência à autoridade de seus maridos e crescer em submissão voluntária e ditosa para com a liderança de seus maridos. (Efe 5:21-33; Col 3:18-19; Tit 2:3-5; 1 Ped 3:1-7). Na igreja, a redenção em Cristo dada aos homens e as mulheres é em parte igual às bênçãos da salvação; no entanto, alguns papéis de governo e ensino dentro da igreja são reservados para os homens. (Gal 3:28; 1 Cor 11:2-16; 1 Tim 2:11-15).


7. Em tudo, na vida Cristo é a autoridade suprema e guia para os homens e as mulheres, de tal maneira que nenhuma submissão terrena — doméstica, religiosa ou civil — implica um mandato a seguir a uma autoridade humana que nos leve ao pecado. (Dn 3:10-18; At 4:19-20, 5:27-29; 1 Ped 3:1-2).


8. Em ambos, homens como as mulheres, o sentido sincero de um chamado ao ministério nunca deve ser usado para reservar os critérios bíblicos para ministérios particulares. (1 Tim 2:11-15, 3:1-13; Tit 1:5-9). Pelo contrário, o ensino bíblico deve permanecer como a autoridade para examinar nosso discernimento subjetivo da vontade de Deus.


9. Com a metade da população do mundo fora do alcance da evangelização nativa; com um sem-número de outras pessoas perdidas dentro daquelas sociedades que já ouviram o Evangelho; com as tensões e misérias de enfermidade, desnutrição, pessoas sem-teto, analfabetismo, ignorância, envelhecimento, vícios, crimes, encarceramento, neuroses e solidão; nenhum homem ou mulher que sente uma paixão divina de tornar conhecida Sua graça em palavra e obras, não tem por que viver sem cumprir um ministério para a glória de Cristo e o bem deste mundo perdido. (1 Cor 12:7-21).


10. Estamos convencidos que a negligência ou o abandono destes princípios conduzirá a consequências cada vez mais destrutivas em nossas famílias, nossas igrejas e na cultura em geral.


Sobre o CBMW


O propósito do Concílio de Masculinidade e Feminilidade Bíblica é apresentar os ensinos bíblicos sobre as diferenças complementares entre homens e mulheres, criados iguais à imagem de Deus, porque estes ensinos são essenciais para a obediência as Escrituras e para a saúde da família e da igreja.

 

Tradução: Isaias Lobão Pereira Júnior

Publicado in: Professor Isaias lobão



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